quinta-feira, 30 de abril de 2009

Epidemias e Pandemias

Resultado de imagem para meningite 1974


1974. 
Eu estudava no Randolfo, na quarta série. Tinha três professoras, a Dona Suzanna Ayres, Dona Cinira e Dona Inês de Barros Furlan, que me desculpem as outras, mas esta última minha preferida. E foi justamente ela, que explicava tão bem (esse é o principal parâmetro que eu tinha - e permaneci com ele até hoje - para avaliar uma boa educadora) e era tão maternal (sempre achei, como todos os da minha e outras classes, que eu era a preferida dela) chegou na classe e disse, sem dar chances para perguntas:
- Depois de amanhã todo mundo vai tomar vacina aqui na escola.
A gurizada entrou em pandemônio.
Vacina?
Na escola?
De injeção?
Com agulha?
Porque?
Por que?
Porquê?
Por quê?
Choveu "porques" de tudo quanto foi tipo, acompanhados ou não de choros contidos e - é claro - de cinismo dos mais masoquistas (tenho certeza que na minha classe tinha criança desse tipo - é sério, não ria não!).
Fiquei aterrorizada.
Não pela vacina.
Nego isso até hoje, afinal, nunca haveria de demonstrar na frente de ninguém que eu tinha medo de injeção. Mas pelo silêncio dela. Silêncio que eu só entenderia muitos anos depois, quando já estava cursando História, e estudávamos a "Revolta da Vacina" que ocorreu no Rio de Janeiro e nossa discussão enveredou para o surto de meningite meningocócica que tivemos no estado de São Paulo naqueles idos anos em que o povão - totalmente desinformado sobre a epidemia - esperava ansiosamente a mesma performance que a Seleção Canarinho havia tido em 1970.

Mas Dona Inês não respondeu porque simplesmente não tinha as informações corretas para serem repassadas. E naquele momento, o pânico misturado com a algazarra neurótica da criançada passou quando o sinal tocou e todos sairam em desabalada correria para merendar as delícias da Dona Odete e Dona Candelarinha.

Mas chegando em casa, meu pesadelo - e acho que de todos - voltou. Desta vez era o silêncio da minha mãe, que dizia que alguém tinha falado para ela que a vacina era para prevenir a meningite, que eu sempre tomava vacina quietinha quando era bebê (soube então que minha dissimulação já era antiga) e que era para eu ir na fila (fila????? ai meu Deus) e tomar a vacina quietinha. E pronto, acabou.

E foi assim que aconteceu.

Umas pessoas sinistras chegaram na escola, uma fila imensa foi feita no pátio e a gurizada foi sendo vacinada com um "revolvinho" abastecido sei lá como, todos com a mesma agulha (é uma agulha, aquilo?). Se trocaram em algum momento, foi porque perdeu a aferição. Ui!

Uma feridinha apareceu no braço e as impressões, dores, empurra-empurra na fila e outros assuntos correlatos perduraram durante uns... três dias. Depois o silêncio voltou, o fato foi esquecido e o que voltou a importar era o mesmo assunto de sempre: o que teria na merenda?

É... A desinformação é o maior fator de propagação de doenças. E na época, no auge do regime militar, a epidemia foi tratada tal qual inimigo político preso em um porão: as informações ficaram presas, torturadas... e sucumbiram. A imprensa foi proibida de divulgar o que realmente estava acontecendo, e o povão desconhecia quais eram os sintomas, os sinais, quando ir ou não para o hospital, quais eram as medidas preventivas e - claro - qual era a dimensão da epidemia. Qualquer médico, jornalista da área da saúde ou pessoa um pouco mais antenada sabe que o primeiro caminho para conter uma doença bacteriana ou viral é procurar o foco inicial para dar início à um plano de contingência. E não dá para fazer nenhuma contenção sem informação. A mídia seria um excelente remédio de prevenção!

Mas não... os fardados, aqueles nefastos, ficaram calados e fizeram calar. Afinal, não poderiam expor que havia um inimigo ameaçando o "país de Alice" que eles insistiam em propagar. E a meningite, que é uma doença com altas probabilidades de cura, ceifou muitas vidas, que foram à óbito pela desinformação, uma vez que não tiveram chance de chegar no momento adequado às mãos dos médicos. Nessa situação bizarra, até muita gente das equipes de saúde também sucumbiu.

Foram pessoas levadas para a sepultura para não macular a imagem do país.
Que nojo.

Uma epidemia de alcance mundial também a ser registrada foi a Grippe Hespanhola, no início do século passado, que só no Brasil provocou mais de 35 mil mortes, 12 mil no Rio de Janeiro e aproximadamente 13 mil em São Paulo, com um saldo de mais de 350mil infectados. (1)

Digno também de registro, principalmente para análise e reflexão para nortear políticas de saúde pública foi o episódio conhecido como a "Revolta da Vacina". O médico sanitarista Oswaldo Cruz, aplicando medida óbvias - para nós, que estamos há um século do ocorrido - entre outras ações, obrigou a população do Rio de Janeiro a tomar vacina contra varíola. A população, ameaçada pela doença mas sofrendo mesmo de ignorância, se rebelou.

"Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados à pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz"
(Gazeta de Notícias, 14 de novembro de 1904).


(Revista da Semana sobre a Revolta da Vacina - outubro de 1904)


Depois teve a AIDS. Alguém aí se lembra que um doido de um médico do vizinho município de Salto apareceu no Fantástico apresentando uma progressão aritmética sobre o contágio da doença? Foi na década de 1980. Gente... se ele estivesse certo esse planeta estaria salvo da destruição da camada de ozônio, pois nós, os causadores de tal arrombo, estaríamos todos mortos e nem todos enterrados. Não sobraria ninguém.

E agora a tal Gripe Suína. Ainda bem que sou vegetariana! (Brincadeirinha de mal gosto,essa...). E a mesma mídia que pode ter uma seríssima função de prevenir, pode piorar a situação, principalmente pelo sensacionalismo, pânico e insistência em divulgar dados, que na minha opinião, são precoces demais para servirem de referência. Vejamos: até ontem tinham 100 pessoas que haviam sido contagiadas no México. Dessas, 6 foram morar no céu. Pronto. Bastou para a imprensa imediatista espalhar no mundo inteiro que a taxa de mortandade é de 6%.

Ah! Tenham dó! Ninguém estudou estatística básica não? O que representam 100 pessoas num universo de "X" nas áreas de risco? Isso não ouvi ninguém falar.

Com tantas experiências já vividas pela humanidade com questões relacionadas à epidemias e pandemias, é hora de olharmos para uma ciência que se chama História, que não é, como pensam muitos, apenas uma sucessão de datas a serem decoradas, e aprender com ela. Ver nossos erros e acertos e tomar ações sérias, sem sensacionalismo, sem pânico baseado em análises insustentáveis e valorizar a imprensa limpa, aquela que presta serviço digno de reconhecimento, aquela que aplica remédios para a prevenção.


Nenhuma descrição de foto disponível.

Não é uma novidade que o governo proíba (ou modifique) dados referentes à epidemias e pandemias, assim como não é novidade que muitos negacionistas (inclusive do próprio governo) insistam em dizer que "não é grave" e que a "imprensa causa pânico". Isso aconteceu durante as epidemias de Febre Amarela, da Gripe Espanhola, da Meningite.

Acima segue uma cópia de um documento de 1972, no qual o governo ordenava a censura a emissoras, proibindo dados sobre o surto de meningite:
.
Não dá para mensurar quantas pessoas foram vítimas dessa censura, a qual atrasou que autoridades tomassem medidas coletivas e que individualmente as pessoas se protegessem do contágio.

"A História se repete como farsa ou como trágédia".







(1) Fonte: revista Veja de 7 de maio de 2003
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Leia mais:
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3230/9/
http://www.hospitalar.com/livros/liv1231.html http://super.abril.com.br/superarquivo/1994/conteudo_114370.shtml http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/revolta.html

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Bairro Cidade Nova [e a Igreja Santa Rita]



Cidade Nova
O novo bairro da cidade velha




Bairro Cidade Nova no início da década de 60.
Foto tirada de cima da caixa d'água da atual Rodoviária,
que mostra em 1° plano a Rua 24 de Maio. (crédito: coleção Silva & Penna)


Até 1952, Indaiatuba acabava na rua 24 de maio - depois desta rua, até a altura da avenida Conceição, a cidade era um grande campo de Indaiás, Araticum e Gabiroba (frutas silvestres típicas do cerrado brasileiro). Mas naquele ano o cenário mudou. No lugar das plantas nativas foi fundado o bairro Cidade Nova e foi ali onde muitas famílias e comércios começaram a se instalar e estão lá até hoje.




Em 1990 o pé de indaiá já era escasso no bairro; 
esta foto mostra a planta no Distrito Industrial - Crédito - Coleção Silva & Penna



Na década de 50, Indaiatuba foi considerada a cidade mais rica em patrimônio imobiliário do Estado de São Paulo pela quantidade de terras pertencentes à prefeitura. O prefeito da época, Jacob Lyra (1952-1955), teve a ideia de fazer um bairro para operários, pois muitas empresas começaram a chegar na cidade. O objetivo era vender terrenos baratos e facilitar o pagamento para que os operários construíssem suas casas em Indaiatuba.

Com metragem de 10x40m os terrenos eram vendidos por aproximadamente mil cruzeiros. Esse tipo de metragem é a mesma da cidade velha. Na década de 50 e 60 era comum o lote ter este tamanho, pois as casas eram construídas no alinhamento da calçada e o fundo ficava extenso para ser usado como horta, um pequeno pomar ou até mesmo na criação de galinhas e porcos.

Os operários compradores assinavam notas promissórias na compra das terras, como se fosse um financiamento. Mas, com o passar do tempo, ficou difícil vender desta maneira e então foram vendidos quarteirões fechados para um grupo de investidores da cidade. Desta forma, o dinheiro da 'cidade nova'  foi usado para asfaltar a 'cidade velha'.

Quando o bairro foi montado, o prefeito Lyra reservou uma área para construir um estádio, mas com o passar do tempo essa ideia não se concretizou e o prefeito sucessor, Lauro Bueno (1956-1959), também não construiu nenhum estádio e continuou a vender os lotes, com metragem de 10x25m - porque essa era a nova tendência a seguir. Com essa nova divisão o prefeito Bueno formou o gleba I e II do bairro.

Na formação do loteamento não houve reservas de áreas destinadas para o comércio, o bairro foi se ajustando e com o passar do tempo foram aparecendo mercearias, bares e lojas.

Em 8 de junho de 1950 foi inaugurado o Ginásio Estadual de Indaiatuba, instalado no prédio do Grupo Escolar Randolfo Moreira, situado na praça Dom Pedro II, sob a direção do professor Mário Macedo Júnior. Em 1957 o Ginásio é transferido para um prédio provisório adaptado, pois o mesmo fora construído para ser uma maternidade, este na Cidade Nova. Após isso, o prédio foi usado pelo grupo escolar Helena de Campos Camargo, mais tarde pelo Ginásio Hélio Cerqueira Leite.

No ano de 1957, com a criação do curso colegial o ginásio passou a chamar Colégio Estadual de Indaiatuba. No ano seguinte o nome foi mudado para Colégio Estadual Dom José de Camargo Barros. Atualmente, neste mesmo prédio funciona a Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (FIEC).

Nos anos 60, no mandato de Romeu Zerbini (1964-1968), uma área da Cidade Nova foi reservada para se tornar o primeiro Distrito Industrial da cidade. No mesmo espaço onde na década de 40 foi construída uma pista de pouso para aviões monomotor (que nos anos 60 estava desativada e em ruínas), foram construídas cerca de oito empresas, sendo que as empresas Puriar, Metalúrgica Ilma S/A e Fieiras Sinterizadas Nacional (FSN) ainda permanecem no mesmo local em atividades.



                                   Até a década de 1970 a Avenida Presidente Kennedy não tinha asfalto



A partir da década de 60 pode-se dizer que foi o início da urbanização: além do Distrito Industrial, chegou no bairro a igreja, o colégio de freiras, o centro esportivo e alguns famosos estabelecimentos como o bar João Coragem, a Pepis, e o Supermercado Sumerbol.

No começo de 1960 foi construído pelas irmãzinhas da Imaculada Conceição o 'Coleginho de Freiras', Externato da Imaculada Conceição. O colégio funcionou até o final desta década e depois foi desativado.

No começo dos anos 70 foi inaugurado pelo médico (1) Abel Francisco Vieira Job a Clínica de Repouso Indaiá, mais conhecido como ‘Teiadão’, que até hoje possuí a fachada original. No ano de 2005 o nome da clínica passou a ser Instituto de Reabilitação e Prevenção em Saúde Indaiá. De acordo com a assistente social Dirce Juliatto Vacilotto, o nome foi mudado porque o hospital se tornou uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), podendo receber donativos e realizar eventos em pról aos pacientes. Em 18 de abril de 2008 o fundador da clínica faleceu aos 74 anos.



Fachada do 'Teiadão' em 1974, que até os dias  atuais permanece a mesma - 
Crédito Arquivo pessoal


Em maio de 1968 chegou na cidade a família de Pedro Rosa Mendes, proprietário do bar João Coragem. Seu pai, João Mendes, se mudou de Cardeal para Indaiatuba com sua esposa Albertina Delarosa Mendes e seus filhos Sérgio, Pedro, Jair, Terezinha e Joãozinho. Quando a família chegou na cidade, comprou um barzinho pequeno que ficava na rua Alberto Santos Dumont, número 1800.


Bar João Coragem em 1976, no balcão estão João Coragem e seu filho Pedro Mendes atual proprietário. (crédito: arquivo pessoal)

O bar pertencia a Francisco Castelo, e mais tarde se transformou no tradicional bar e restaurante 'João Coragem'. “Na época que nos mudamos para o bairro, tinham apenas algumas casas e no lugar onde é o Tom da Terra tinha uma fábrica de televisão”, comenta o proprietário do bar.

O bar ficou por três anos situado na rua 24 de maio, no lugar onde hoje é a loja Mercadinho dos Sapatos, enquanto era construído o prédio onde está o estabelecimento nos dias de hoje. Em 21 de setembro de 1976 foi inaugurado o bar e restaurante no endereço atual. O nome João Coragem se originou da novela Irmãos Coragem, exibida pela Rede Globo de Televisão entre 29 de junho de 1970 e 15 de junho de 1971. “Meu pai gostava muito desta novela e saía do trabalho só para assisti-la. Quando voltava, ele ficava contando os capítulos para os amigos que estavam no bar. Então começaram a chamar ele de Coragem e deram a idéia de colocar o nome no bar de João Coragem”, conta Mendes.

João Mendes faleceu em 1980 e depois disso Pedro continuou a administrar o bar junto com a esposa Maria Castelo que, coincidentemente, é filha do primeiro proprietário do bar, Francisco Castelo. Durantes os 33 anos de atividades no endereço atual o João Coragem passou por duas reformas de adaptação e este ano será inaugurado mais um espaço para inovar o atendimento. “Acho muito importante acompanhar as mudanças e a modernidade, agora estou passando o bar para meus filhos. Comecei a trabalhar junto com meu pai quando tinha 17 anos, não é fácil 'tocar o bar' por tanto tempo assim: vamos passando o negócio de pai para filho. Mas não acredito que alguma geração vá parar com o estabelecimento. Ainda não tenho netos, mas não tenho medo que essa tradição acabe, acho que é natural”, completa o proprietário.

Em 1970, nasceu no bairro o Supermercado Sumerbol, na época um pequeno estabelecimento chamado Armazém Juvenal Bordenalli. Situado em um salão alugado de apenas 28m2, na época o bairro ainda tinha em sua maior parte mato e ruas de terra.




Bordenalli e esposa Julia ao lado de Elisabete; o casal fundou o armazém na década de 70 que hoje é o Supermercado Sumerbol - Crédito - Arquivo pessoal





Os fundadores do armazém, Juvenal Bordenalli e sua esposa Júlia, sempre contaram, desde o início, com o auxílio de seu filho Valdemir e dedicaram-se inteiramente para a construção do mercado. Em 1977, após várias reformas de ampliação, o armazém se tornou no Supermercado Sumerbol com uma área de 160m2 e com prédio próprio. Nesta fase o comércio passou a ser administrado por Valdemir. O mercado que cresceu no bairro Cidade Nova, em 1986 inaugurou a loja 2, no Jardim Morada do Sol. “Quando abrimos o Armazém Juvenal Bordenalli, o bairro Cidade Nova era só mato e as ruas ainda eram de terra, é muito gratificante fazer parte da história de Indaiatuba e do desenvolvimento do bairro”, disse o diretor do Sumerbol Valdemir Bordenalli.

Em 1974, durante a gestão de Romeu Zerbini, foi encaminhado um projeto de lei pelo Executivo Municipal para a criação do Centro Esportivo, dispondo um terreno de 24 mil m2 pertencente a prefeitura. O projeto foi aprovado e o Centro Esportivo foi construído no governo de Clain Ferrari entre os anos de 1977 e 1983 com verba Estadual.

Já no começo da década de 80 foi inaugurado mais um bar e pizzaria tradicional da cidade, a Pepis - fundada em 24 dezembro de 1979, pelos sócios e proprietários Jair Pistoni e Dr. Luiz Antônio Pedrina, que destes originou o nome Pepis ('Pe' de Pedrina e 'Pis' de Pistoni). Em 1983 o lugar foi vendido para Donizete e Fredi. Posteriormente, foi vendida a Daniel Pires que passou a administração para seus filhos Marcelo, Ricardo e Daniel Valentim Pires em 1985. Daniel faleceu no ano 1992.


Faixada da lanchonete Pepi's em 1982 (crédito: arquivo pessoal)


Em 1979 foi inaugurada a primeira discoteca profissional de Indaiatuba, idealizada por Antônio Carlos Ennes do Valle a casa noturna 'Tans House' atraia o público jovem elitizado da cidade. O estilo discoteca explodiu no país com a novela Dancing Days exibida pela Rede Globo de Televisão entre 10 de julho de 1978 a 27 de janeiro de 1979. O empresário Luis Guilherme Costa Sampaio, que atua na área de sonorização, lembra que na época a discoteca havia o que era mais moderno na aparelhagem de som. “Eu fazia a manutenção de som na Tans House, e na época a discoteca 'apavorou' a cidade, o proprietário teve coragem de montar ela e comprou os equipamentos mais modernos da época, era raríssimo conseguir o tipo de equipamento que ele trouxe pois a parte de importação era bem complicada”, comenta Sampaio.

A Tans House foi criada no final dos anos 70 quando e o estilo Dancing Days já estavam saindo de moda, por isso no modelo de discoteca durou aproximadamente um ano. Depois disso virou Roller Disco, uma mistura de pista de patinação com discoteca, mas também durou pouco tempo. A terceira tentativa foi uma casa de shows, na qual teve a primeira apresentação o cantor Nelson Gonçalves, ao total a casa noturna durou aproximadamente cinco anos.

Em 1987 o estabelecimento começa a vender pizzas no bar e cria-se a Pepis Pizzaria ao lado, no ano de 1990. Em 24 anos, já ocorreram sete reformas no local. A última reforma ocorreu oito anos atrás. “Estamos sempre buscando por inovações para melhor atender nossos clientes”, comenta o proprietário Ricardo Pires.

Em 18 de dezembro de 1998 foi fundada pelos irmãos Pires a Zoff Club,a boate já passou por diversas reformas para se adaptar ao crescimento e a diversidade do público.

O bairro Cidade Nova modernizou Indaiatuba, trouxe o crescimento e desenvolvimento para o município. Muitos comércios se firmaram pelas avenidas Presidente Kennedy, Conceição e Tamandaré. A avenida Presidente Vargas que na antiguidade era cercada por eucaliptos, hoje é cheia de concreto e os eucaliptos sumiram do mapa.

Não se acha mais no bairro nenhum pé de Araticum e nem de Gabiroba. Os Indaiás que deram o nome à cidade pela grande quantidade existente hoje em dia é difícil de se encontrar. Mas a população indaiatubana que formou e construiu o bairro ainda está ali: se não são eles são os filhos e netos daquela geração que começou a nova cidade.


A Igreja

A Cidade Nova em 1964 já tinha algumas casas construídas, mas ainda a plantação de Indaiá era predominante, sem asfalto e ruas determinadas. O jovem padre Francisco de Paulo Cabral de Vasconcellos, mais conhecido como padre Xico, na época com 25 anos, chegou à Indaiatuba logo após se ordenar padre para fundar uma paróquia. “Quando cheguei descobri que tinha um terreno doado pela prefeitura e outro ao lado doado por Sara Nicolau - e já tinha uma cruz fincada com data de maio de 1957. Era só mato não tinha nada. Quando descobri isso, notifiquei o Bispo (em fevereiro de 1964) sobre esse terreno que ficava no bairro chamado Cidade Nova e que já tinha algumas casas ao redor”, conta padre Xico.





























Fachada da Igreja Santa Rita de Cássia
(crédito: Fundação Pró-Memória de Indaiatuba)


Em 22 de maio de 1964, exatamente no dia de Santa Rita, Dom Bernardo Miele, bispo auxiliar de Campinas, celebrou a primeira missa no terreno onde futuramente seria a Paróquia de Santa Rita. A celebração aconteceu em uma barraquinha improvisada. Uma construção existente hoje, do lado direito da igreja, imita a que serviu de abrigo para a missa de Dom Miele.

Primeira missa da paróquia de Santa Rita em 22 de maio de 1964 .
(crédito: Fundação Pró-Memória de Indaiatuba)


De acordo com o padre, nesta época começou a ser construído um barracão para abrigar aproximadamente 150 pessoas. Atualmente a igreja tem capacidade para 500 pessoas sentadas. “Começamos a construir primeiro a parte central e aos poucos chegamos ao que está hoje. Somos a única igreja liturgicamente construída dentro das normas do vaticano na qual diz que o altar deve ficar no centro da igreja”, comenta o padre que complementa dizendo que a história da igreja é a sua própria história de vida. “Para mim o importante é a história construída aqui. E com toda sinceridade essa é a minha história, teve um início, o meio e quero chegar ao fim. Plantamos a semente, desenvolvemos e hoje estamos colhendo os frutos. Só tive essa experiência: Deus me deu graça de formar essa experiência de vida aqui, por isso que a paróquia Santa Rita é diferente”, compartilha o padre.
Um dos momentos marcantes na vida do padre Xico aconteceu em 5 de março de 1965, quando seu amigo padre José Gaspar faleceu momentos antes da primeira reunião Latino-Americana ‘Por um mundo melhor’, que aconteceria na cidade de Indaiatuba. Nesta época, enquanto o barracão não ficava pronto, as reuniões aconteciam na maternidade que ficava localizada da rua Ademar de Barros em frente ao fórum.

Segundo o padre Xico um dia antes do falecimento de Gaspar, seu amigo contou uma notícia em particular. “Me lembro como se fosse ontem, o ‘Zé Gaspar’ [como era conhecido pelos amigos], estava aqui na Igreja um dia antes e me contou que fora nomeado Bispo auxiliar da região de Campinas. Ele estava muito feliz por isso, ninguém sabia que ele iria ser o Bispo auxiliar eu fui o primeiro a saber. Depois disso ele se despediu e foi para a cidade de Vinhedo. No dia seguinte quando ele voltava para Indaiatuba para fazer a primeira reunião Latino-Americana sobre a campanha ‘Por um mundo melhor’ na qual ele lançou, aconteceu um acidente na estrada que ligava os municípios: um caminhão se chocou com a kombi que ele guiava e ele faleceu na hora. A notícia foi muito triste e chocou todos que estavam presentes”, relembra padre Xico.



Depois deste ocorrido a reunião foi cancelada e o padre José Martins passou a viajar com mais duas irmãs implantando o movimento pelo Brasil e na América Latina. “Isso foi um marco para nós porque Indaiatuba naquela época já se destacava no cenário nacional como referência de transformação e por isso sempre fomos alvos de críticas”, complementa o padre.

No ano de 2000, a Paróquia de Santa Rita recebeu o nome de Santuário Ecológico Santa Rita de Cássia. “O nome ficou assim devido à uma matéria jornalística feita pelo Jornal Diário do Povo, de Campinas na qual dizia que a igreja era ecologicamente correta. Em seguida a filial de Campinas da Rede Globo, a EPTV, fez uma matéria sobre o Santuário que em seguida foi reprisada nacionalmente pela Rede Globo. O assunto repercutiu e eu entrei com o pedido na Diocese de Campinas para ficar com este nome e o pedido foi aceito”, explica padre Xico.

Em fevereiro deste ano o Santuário Ecológico Santa Rita de Cássia adotou um novo sistema de administração, que consiste em uma equipe com quatro sacerdotes que trabalham para dinamizar as missas. Essa é a primeira experiência na Diocese de Campinas, proposta pelo Papa Bento XVI na V Conferência do Conselho Episcopal Latino Americano realizada em Aparecida do Norte entre os dias 13 e 31 de maio de 2007.



A equipe formada pelos padres Francisco de Paula Cabral de Vasconcellos (padre Xico), Pedro Luiz, Edmundo Magalhães Costa e frei Joaquim Dutra Alves se divide na administração da igreja. Como reforço, a igreja conta ainda com Dom Mauro Moreli, Bispo Emerito, que quando está na cidade celebra a missa na paróquia. “O Dom Mauro também entrou no espírito da equipe”, ressalta padre Xico. “Ao invés de fazermos quatro paróquias agora temos quatro padres em uma. Hoje estamos em 20 comunidades e são feitas 21 missas por fim de semana - antes tínhamos um padre sozinho para as 20 comunidades e algumas delas não se encontravam nos domingos. Às vezes tinha missa uma vez por mês em algumas comunidades, e é muito tempo sem missa. Com esse novo sistema temos missas todos os domingos nas comunidades e isso traz um avivamento na igreja”, comenta padre Xico.





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Fontes:
Antônio Reginaldo Geiss;
Arquivo Público Municipal Nilson Cardoso de Carvalho - Fundação Pró-Memória de Indaiatuba;
SCACHETTI, Ana Lígia. O ofício de compartilhar histórias. Indaiatuba, Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, 2001;
CARVALHO, Nilson Cardoso. Cronologia Indaiatubana. Indaiatuba, Prefeitura Municipal de Indaiatuba, Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, 2009.



Agradecimento: Revista Exemplo Imóveis. Texto de  Laís Fernandes de Sá


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(1) Deize Clotildes Barnabé de Moraes, que foi a primeira psicóloga a trabalhar na Clínica de Repouso Indaiá, informou em 30/12/2009 (através de e-mail) que na verdade o sr. Abel não era médico. O médico na ocasião da fundação da Clínica, que inclusive ainda trabalha lá é o psiquiatra Dr. Paulo de Tarso Ubinha.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Hino de Indaiatuba

Hino de Indaiatuba



Música: Nabor Pires Camargo
Letra: Acrísio de Camargo

"Salve, ó terra querida e venturosa,
Santo ninho de amor caro e gentil,
Com teu ar e teu clima és uma rosa
No mais lindo recanto do Brasil.
Salve, ó Berço querido onde nasci,
Berço feito de sonhos e de amor...
Hoje em festa, a cantar, pensando em ti,
Os teus filhos te saúdam com ardor.

O teu campo florente é tão vasto e bonito!
E tua alma sombria
Tem encanto e poesia!
E parece sorrir o teu claro infinito,
A pensar
Indaiatuba sem par!"




Ouça o hino, acessando o site da Prefeitura Minicipal:



A Fundação Pró-Memória de Indaiatuba e o COMTUR - Conselho Municipal de Turismo de Indaiatuba lançaram o CD "Hinos e Canções" em junho de 2003.
Além do Hino de Indaiatuba, o CD possui as seguintes obras:
- Hino Nacional Brasileiro
- Hino à Bandeira
- Canção do Expedicionário
- Hino da Independência
- Hino da Proclamação da República
- Canção do Exército
- Canção do Marinheiro "Cisne Branco"
- Hino do Aviador
- Hino de Indiatuba
- Luar de Indaiatuba
- Nove de Dezembro

O CD custa R$ 1,00 (um real, eu não digitei errado, não - um real) e está a venda no Casarão do Pau Preto, na biblioteca.



Créditos:
Gravação e mixagem: Eduardo Pierucci
Coordenação Musical e regência: Samuel N. de Lima
Projeto Gráfico e multimídia: Willian J. Machado
Foto da Capa: Antônio da Cunha Penna.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Viracopos X Friburgo (parte 4)

Segundo a assessoria de imprensa da INFRAERO (imprensa@infraero.gov.br) estão disponíveis cópias do do EIA-Rima do Aeroporto de Viracopos nos seguintes locais:
1) Balcão de informações do Aeroporto Internacional de Viracopos/ 24 horas por dia, 7 dias da semana;
2) Câmara Municipal de Campinas/ de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30;
3) Poupa Tempo Campinas Centro;
4) Prefeituras das cidades de Campinas, Valinhos, Jaguariúna, Hortolândia, Paulínia, Indaiatuba e Vinhedo. Em Sumaré, o material está no Espaço Municipal de Meio Ambiente.
Outras informações: (19) 3725-5122 e 5120.
No site http://www.discutaviracopos.com.br/ há cópias eletrônicas do EIA e do RIMA que foram feitos para identificar e categorizar os impactos ambientais que serão feitos com a ampliação do sítio aeroportuário de Viracopos.
A participação de todos nós na audiência pública é de muita importância.

Leia abaixo uma cópia de carta aberta para a população feita pela Associação de Moradores e Proprietários de imóveis urbanos e rurais dos bairros decretados de utilidade pública para fins de desapropriação visando a ampliação do Aeroporto de Viracopos:
A Associação de Moradores e Proprietários de imóveis urbanos e rurais dos bairros decretados de utilidade pública para fins de desapropriação visando a ampliação do Aeroporto de Viracopos vem tornar pública a situação de angústia e preocupação por que passam os moradores de toda essa área.
Trata-se de uma região cujo contingente humano é predominantemente rural, que sobrevive do plantio de várias culturas (permanentes e temporárias) e criação de animais para sobrevivência e comercialização local para o abastecimento da Região Metropolitana de Campinas. São pessoas que dedicaram sua vida a costumes e modos rurais e que dificilmente se adaptarão aos modos urbanos que lhes serão impostos por essa arbitrariedade econômica que hoje se discute a portas fechadas, constituindo-se no maior desatino desenvolvimentista para nossa região.
Diante da aceleração dessas ações que agregam fatores ainda mais negativos à capacidade de suporte ambiental de nossa região, denunciamos estarrecidos e preocupados - como população moradora e proprietária dessa respectiva área - que nunca fomos convidados a participar das discussões do planejamento desse megaprojeto e da dimensão dos danos físicos, econômicos e ambientais dessa ampliação que autoridades governamentais e econômicas querem ali implantar.
Essa região rural possui extensas áreas de mata nativa juntamente com a última porção ainda conservada do bioma cerrado, represas, lagoas, mananciais, rios e córregos que abrigam, em seu habitat natural, animais e vegetação típicos, alguns deles inseridos na lista dos ameaçados de extinção.Nós, moradores, conscientes da riqueza natural ali existente, desenvolvemos nosso trabalho, desde longa data, com a produção e a preservação ambiental. Grande parte desses moradores se sustentam com dedicação e amor ao trabalho nas propriedades que receberam de seus antepassados há mais de 150 anos.
Alertamos, portanto, a população campineira que, ao contrário do que é divulgado, a nova área destinada à ampliação do aeroporto internacional de Viracopos não é erma, deserta, desabitada ou abandonada. Trata-se sim de uma área rural produtiva com matas preservadas e em vias de tombamento como patrimônio cultural e histórico. Essa ampliação pretendida para o aeroporto de Viracopos vai comprometer ainda mais uma cidade que cresce de forma desordenada e sem planejamentos que visem preservar a qualidade de vida e a saúde das futuras gerações neste contexto ameaçador do aquecimento global e da escassez hídrica na região.Quem se responsabilizará pelo futuro caótico e insensato desta mega ampliação que produzirá mais de 70 milhões de passageiros por ano e cerca de 590 mil aeronaves/ano, ou seja, mais de 1.600 aeronaves por dia sobre nossas cabeças?Diante da aceleração dessas ações desenvolvimentistas que agregam fatores ainda mais negativos à capacidade de suporte ambiental de Campinas e região, pedimos a todos que se solidarizem com nossa luta por uma Campinas que não exclua o ser humano da cidadania e que se preocupe com um desenvolvimento que preserve os bens naturais para as futuras gerações.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dia do Índio

A música de Jorge Benjor diz que "todo dia era dia de índio", lembrando que os índios que viviam no Brasil eram donos da terra quando ele foi descoberto. Mas em outra estrofe, Benjor lembra que "agora ele só tem o dia 19 de abril".

Em 1940, no México, foi realizado o I Congresso Indigenista Interamericano, com a presença de diversos países da América e os índios, tema central do evento, também foram convidados.

Como estavam habituados a perseguições e outros tipos de desrespeito, preferiram manter-se afastados e não aceitaram o convite. Dias depois, após refletirem sobre a importância do Congresso na luta pela garantia de seus direitos, os índios decidiram comparecer.

Essa data, 19 de abril, por sua importância histórica, passou a ser o Dia do Índio, em todo o continente americano.

No Brasil, o então presidente Getúlio Vargas assinou o decreto nº 5.540, em 1943, determinando que o Brasil, a exemplo dos outros países da América, comemorasse o Dia do Índio em 19 de abril.

Fonte: IBGE
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Sobre índios em Indaiatuba, leia o texto:
de Adriana Carvalho Koyama,
no livro " UM OLHAR SOBRE INDAIATUBA", PUBLICADO EM 2006.
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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Viracopos X Friburgo (parte3)

Neste post temos duas cópias de publicações diferentes sobre o mesmo assunto: a ampliação do Aeroporto de Viracopos, que coloca em risco (entre muitos outros) a colônia de Friburgo.
O primeiro texto é de uma moradora da colônia, publicado no jornal Tribuna de Indaiá de terça-feira, dia 14 de abril de 2009.
O segundo texto contém fragmentos de uma publicação da Gazeta Mercantil, Caderno C, página 5 de 02/03/2009.
Leia as duas fontes e posicione-se na audiência pública,
dia 27 de maio, aqui em Indaiatuba!
1
Sou moradora no bairro Friburgo e descendente dos primeiros imigrantes que ajudaram a formar as cidades de Campinas, Indaiatuba e Monte Mor e estou indignada com o pouco caso da Infraero em relação as nós. Não se está levando em consideração a história de um povo, uma cultura que tentamos manter viva até os dias de hoje. Fui na audiência do dia 19 de fevereiro em Campinas e pude perceber que o projeto está pronto e definido. Não interessa o tamanho do impacto que ele irá causar. Eles não sabem até mesmo dimensionar esse impacto, acham que o dinheiro pode comprar tudo e todos, que uma mata, alguns animais, e até mesmo as inúmeras pessoas que são diretamente afetadas podem mudar de lugar como se fossem simples detalhes. Alguns moradores dizem que preferem ir para o cemitério do que sair de suas casas. Casas essas que pertencem à família há muitas gerações.
Mariane Schäfer Quaiotti

2
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) prepara um projeto que irá transformar o aeroporto de Viracopos, em Campinas, no maior da América do Sul.
O investimento previsto é de R$ 6,4 bilhões, em vinte anos.

As obras de expansão do aeroporto dependem ainda da aprovação do Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) para que a Infraero possa obter as licenças prévia e ambiental e assim serem feitas as licitações para que as obras comecem.

Porém, esse estudo apontou 37 impactos ambientais, sendo que 35 (95%) poderão ser compensados ou potencializados por meio de medidas de controle ou programas ambientais, conforme proposta apresentada no próprio estudo.

A Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental, empresa responsável pela elaboração do documento, revelou que a estatal terá que desembolsar R$ 32,4 milhões para compensações, isso representa 0,5% dos investimentos previstos para ampliação do aeroporto até 2015.


Na sua opinião, 37 impactos ambientais estão à venda por 32,4 milhões?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Viracopos X Friburgo (parte 2)

Este post tem o objetivo de continuar a informar, visando reflexão e ação - sobre a colônia "alemã-suiça" de FRIBURGO, que está entre Indaiatuba e Campinas, nas proximidades do Aeroporto de Viracopos, que está prestes a sofrer uma ampliação após a aprovação de licenciamento gerada (possivelmente...) pelo EIA-Rima.
O assunto "água" tem sido foco de discussão no mundo inteiro. Uma das mais intrigantes é se ela é um bem renovável ou não-renovável, opções que têm gerado acirradas discussões entre especialistas que, embora em lados teóricos aparentemente opostos, são unânimes em reconhecer que - na prática - o uso deve ser controlado e até contido conforme a época do ano, região e fim.
Em outras palavras: com o entendimento, tecnologia, oferta e demanda que temos hoje, o uso abusivo deste item não é sustentável. Pois bem. Partindo dessa premissa, que a água é um bem precioso, seguem três imagens de nascentes que estão exatamente no local previsto para a ampliação. São nascentes em coma, em fase terminal, ameaçadas pela obra.


O Capivari-Mirim, que abastece grande parte da região metropolitana de Campinas vai ser profundamente degradado, nascentes serão destruidas.
Grande parte da população de Indaiatuba é abastecida por estes mananciais - estima-se 60% (segundo Márcia Corrêa, da PROESP de Campinas).
Temos que participar da audiência pública para: (1) verificar quais são os impactos que os responsáveis da obra estão listando; (2) se estão omitindo a destruição criminosa das nascentes; (3) e como farão, se a obra for aprovada, para mitigar o desastre provocado pela destruição das mesmas.

Relembrando antes que a grande pergunta é:
É realmente possível aplicar um TAC - Termo de Ajuste de Conduta -
que real e efetivamente faça a mitigação desse desastre?
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Colaborou com as imagens: Márcia Corrêa da PROESP - Campinas

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Memória Fotográfica da Assembléia de Deus de Indaiatuba

Quem frequenta a Assembléia de Deus na rua Tuiuti, ou simplesmente passa por ali, mais precisamente do lado da escola Helena de Campos Camargo, vê um majestoso prédio onde os fiéis dessa igreja pentecostal realizam seus cultos. Mas poucos conhecem sua origem simples, que teve início com o pastorado de Ermírio José do Santos, que a liderou no período de 1969 até 1978.
(1) Imagem do pastor Ermírio e de sua esposa, Irmã Maria

Antes da construção feita do antigo templo da rua Tuiuti, pastorearam em Indaiatuba na Assembléia de Deus, os seguintes pastores: Francisco Camargo da Silva (fundador - in memoriam), Luiz Almeida Nascimento (in memorian)e Odilon Hissa Karan (in memorian). Até então (1969) a igreja se reunia na Rua 13 de maio. Já a primeira pedra fundamental do primeiro templo da rua Tuiuti, (que não existe mais, a nova construção foi eregida após sua demolição) foi lançada em 1970, quando o bairro Cidade Nova era muito diferente do que é atualmente. Não havia nenhum prédio vertical e na altura de onde hoje é a avenida Presidente Kennedy já ficava ermo, conforme imagens abaixo:

Imagens do lançamento da pedra fundamental do templo da Tuiuti em 1970

O interior do templo também era simples, mas adequadamente acolhedor para os eventos religiosos sempre caracterizados por músicas de louvor. Ainda no início da década de 1970 os fiéis logo formaram uma banda e um coral regido pela Irmã Ruth Büll também fazia parte frequente dos cultos.
Imagem do Coral regido pela Irmã Ruth Büll
Banda da Assembléia de Deus - Início da década de 1970

As ações de evangelização de jovens e crianças sempre foi uma preocupação do pastor Ermírio José dos Santos e de sua equipe, formada pelos presbíteros João Coelho de Oliveira e José Inácio da Silva e pelos diáconos Izupério J. Pereira e Alziro A. da Silva.

Crianças em culto no início da década de 1970
Cada igreja da Assembléia de Deus constitui um Ministério, conjunto formado pela sede e suas respectivas afiliadas, congregações e pontos de pregação. No caso de Indaiatuba, o ministério era formado pela nascente igreja (central) da Tuiuti e pelo também jovenzinho templo que nascia no Jardim Califórnia, também no período de pastorado do pastor Ermírio.
Imagem do lançamento da pedra fundamental da Assembléia de Deus no Jardim Califórnia

Atualmente Pastor Ermírio tem 83 anos, e mora em Araraquara.

Espero que este post, que fiz com muito respeito ao seu pastorado, signifique uma singela mas sincera homenagem a quem tanto fez pela comunidade evangélica da Assembléia de Deus em nossa cidade!

Há um só Deus e Pai.

(Ef 4, 4´6).

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Após 1978, o pastor Raimundo Soares de Lima assumiu o pastorado da igreja, dando início a um processo de expansão onde, entre outras ações, construiu a nova sede.

Leia mais em:http://www.assembleiadedeusindaiatuba.com.br/

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As imagens que compõem este post (e outras adicionais) foram gentilmente cedidas por Jaidson de Oliveira e Natanael Santos.

Atualmente Natanael mora nos E.U.A e através de um e-mail de um sobrinho, visitou esse blog para ver o post sobre igrejas antigas de Indaiatuba. Eis seu depoimento:

A razão da minha emoção é porque a foto do templo da Assembléia de Deus me trouxeram muitas recordações do tempo que ai vivi. Praticamente vivi minha adolescência e juventude nessa encantadora cidade. Ajudei muito na construção desse templo. Foram muitas horas de muito esforço e muito suor. Minha emoção foi ainda maior ao ler o nome do meu velho e querido pai ai inserido: Pastor Ermírio José dos Santos (graças a Deus ainda vivo com 83 anos de idade e residindo na cidade de Araraquara), que esteve como Pastor-Presidente desta igreja e do campo com suas congregações adjacentes desde de agosto do ano de 1969 até o mês de novembro de 1978. Tenho vários irmãos que ainda residem ai.
Parabéns pela iniciativa e por honrar aqueles que ajudaram de alguma forma a escrever a história desta bela cidade.
Hoje estou residindo nos Estados Unidos, daí você pode mensurar o tamanho da minha emoção.
Fica com Deus.
Abraços.
Obrigada Jaidson e Natanael.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Acróstico publicado em 1971 em São Roque (SP)

Neste post está um acróstico publicado no jornal "O Democrata" do município de São Roque, feito pela universitária J. Villaça Boccato, do Rotary Club de São Roque, na ocasião em que esse clube prestava homenagens à Indaiatuba.

Indaiatuba, cidade amizade
Nascestes pequenina e te fizeram grande
Deram-te um brasão que conta tua crença
Indaiá que lembra a tua origem
As polias de um trabalho conjugado
Teu rio por onde circulou riquezas
Unidos o café paulista e o louro da vitória
Bastava isto, mas tinha a maior glória
Amados filhos que forjam teu progresso.


São Roque, 27 de outubro de 1971.
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Imagem de Luma Kimura
Veja mais imagens de Indaiatuba (belíssimas) sob o olhar (e máquina) de Luma Kimura em:

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Viracopos X Friburgo (parte 1)

Nesta última edição do jornal Tribuna de Indaiá (sábado, 04 de abril de 2009), sob assinatura de Marina Torres (1) foi publicada uma notícia sobre a ampliação do aeroporto de Viracopos. Informada pela assessoria de imprensa do Aeroporto de Viracopos (que obrigatoriamente tem que fazer isso nesses casos), Marina informa que Indaiatuba sediará uma audiência pública sobre o EIA-Rima que está relacionado à ampliação do mesmo. Neste post, gostaria de destacar a importância que os indaiatubanos, campineiros e principalmente o pessoal da sociedade da colônia de Friburgo têm em uma efetiva participação nessa audiência.
Vejamos. EIA é um Estudo de Impactos Ambientais e Rima é o relatório final deste mesmo EIA. De forma resumida, os dois documentos, que são distintos, são complementares. No caso do aeroporto, esses documentos devem apresentar não só os aspectos técnicos do histórico da implantação do negócio, características do empreendimento e benefícios (essa é a parte boa), como também deve apresentar os impactos ambientais que tais ações irão causar (essa é a parte ruim). Como - já dizia Buda - existe o caminho do "meio", os documentos podem apresentar medidas mitigatórias para compensar a parte ruim. Medidas mitigatórias é uma forma chic (e prevista na legislação) de dizer mais ou menos o seguinte: "sei que vou causar impactos ambientais (outra forma de dizer estragos como poluição, desastres ambientais e outras coisas...) mas vou fazer ações de contenção ou correção.... ou algum outro "ão" para compensar tais impactos.
Justamente aí está o problema e o maior motivo para aceitarmos o convite da Tribuna feito por Marina para discutirmos na tal audiência pública: (a) quais são os impactos que o aeroporto listou (teria listado todos?) e o que ele está propondo para mitigar esses impactos? (as ações mitigatórias são proporcionais aos impactos causados?).
Como responsável técnica por vários sistemas de gestão baseados na ISO 14001, já fui testemunha ocular (ninguém me contou, eu vi!) de várias ações mitigatórias propostas por empresas altamente impactantes sendo aceitas com muito bom grado pela promotoria pública de vários municípios.
Coisas do tipo: eu vou destruir aquela nascente, mas em troca dou vários lençois para tal hospital público. Ou então: vamos destruir aquela mata nativa para fazer tal empreendimento mas vamos fazer vários projetos de paisagismo em tais bairros. Isso não é um exagero de mal gosto, não é uma caricatura. Esses exemplos são de ações mitigatórias que retiram do responsável pelo impacto ambiental sua responsabilidade civil, administrativa e criminal pelo evento desastroso.
Todos sabemos da importância econômica da ampliação do Aeroporto de Viracopos. Quando eu era uma menininha e ia na biblioteca pública fazer pesquisas sobre nossa cidade, pedidas pelas professoras primárias do nosso querido Randolfo, recebia uma apostila mimeografada que dizia que Indaiatuba é uma cidade muito próspera graças à proximidade com grandes centros urbanos como Campinas e São Paulo, e também ao fácil acesso pelas vias Aeroporto de Viracopos, Bandeirantes, Anhanguera e Castelo Branco.
Mas.... qual é o preço dessa ampliação para nossa cidade, cidades vizinhas, enfim, para o entorno? Não é uma pergunta fácil de se responder. Escolher entre o progresso e preservação ambiental é a grande questão do século XXI.
Além dos impactos ambientais no entorno (que inclusive contempla bacias hidrográficas), uma área terrivelmente afetada será a composta pela Colônia de Friburgo, uma comunidade querida e conhecida por todos nós, formada em meados do século XIX por alemães vindos da região de Schleswig-Holstein.
Será que o EIA-Rima do Aeroporto de Viracopos está contemplando esse impacto? Ou está restrito apenas (e também graves, claro!) aos fatores físicos e biológicos? Outros fatores antrópicos também devem ser considerados e creio que não podemos deixar uma pista, hangar ou depósitos de cargas passar por cima da história de nossos antepassados.
Não são só os efeitos no ar, clima, solo, recursos hídricos, níveis de ruido e interferências gerais nas características geológicas, geomorfológicas e hidrogeológicas, impactos na fauna e flora que devem ser levados em conta. Impactos arqueológicos e históricos também são previstos na legislação. E a dinâmica populacional de Friburgo (e outros bairros do entorno) devem ser considerados. Portanto, vamos atender ao convite publicado pela Marina da Tribuna?
Frases da folha de São Paulo, 16 de fevereiro de 2009:
  • Viracopos pode ter fluxo de 5 Congonhas.
  • Previsão em estudo de impacto ambiental aponta que o fluxo de passageiros em SP deve ir de 34 milhões para 115 milhões em 2025.
  • Infraero planeja investir r$ 6,4 bilhões até 2025 para tornar Viracopos o aeroporto mais movimentado do país.
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Leia Mais:
Recorte de jornal: Cortesia de Antonio Reginaldo Geiss

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Marisela Moura, do blog http://www.inteligencia-de-mercado.blogspot.com/ enviou-me através de e-mail os comentários abaixo, muito pertinentes para serem discutidos na ocasião da Audiência Pública.
Li sobre a ampliação do Aeroporto de Viracopos. Essa notícia me inspira algumas perguntas. Imagino que essa conversa acontece por aqui há muitos anos, e talvez não seja nada nova. Pode ser nova para mim que cheguei há pouco tempo. Caso aconteça a ampliação de volume de tráfego e pessoas, vai afetar Indaiatuba, tanto quanto Campinas, ou mais. Afetar em vários sentidos: econômico, social, segurança e ambiental. O que mais me chama a atenção é sobre o drama dessa comunidade de Friburgo. Algumas perguntas me ocorrem: - Imagino que o relatório de impacto ambiental - RIMA - desse projeto já tenha sido analisado pelo Comdema. - O que o Comdema está planejando apresentar na reunião da audiência pública do dia 19/02 na Câmara Municipal de Campinas? - Que implicações esses números citados vão trazer para o mercado de trabalho da nossa cidade? - Vai ter que se abrir mais espaço na pequena mancha verde local para construir mais casas? - O Plano Diretor de Indaiatuba contempla essa alteração substancial no cenário sócio-ambiental e econômico da cidade? - Nos próximos 25 anos o volume de passageiros de Viracopos vai saltar dos atuais 35 milhões para 115 milhões, e para quanto vai a população de Indaiatuba, qual a projeção? - Como será o abastecimento de água da nossa população nos próximos 25 anos, visto que hoje a região já vive uma situação de stress hídrico considerável. (Salto e Itu têm constantemente racionamento de água, basta ler os jornais deles) - Seremos abastecidos pelas águas do rio Jundiaí e Tietê? ( ???) - Vamos nos calar diante do drama da comunidade de Friburgo e deixar mais essa parte da história local ser pavimentada pelas pistas de pouso? Quem está preparado para nos responder essas questões? O que vc acha de tudo isso? Abraços, Maristela Moura

Marco de Coordenadas Geográficas de Indaiatuba - IGC

Localização do Marco de Coordenadas Geograficas de Indaiatuba
Fonte: INSTITUDO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO
  • Latitude: 23º 05’ 12”.8 Sul
  • Longitude: 47º 13’ 06”.1 Oeste
  • Elaborado em novembro de 1943

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Construa sua Árvore Genealógica


Uma das formas de contribuir para a construção da história de nossa querida Indaiatuba é começar fazendo a árvore genealógica da sua família.
Se você nasceu ou mora aqui, a história da sua família - de algumas decisões tomadas ou vivenciadas - demonstram conjunturalmente as relações estruturais de nosso município. Na vida privada, naquilo que a gente acha que é somente "nosso" e totalmente desvinculado do "todo" estão as explicações mais sólidas sobre vários focos da História: as mudanças urbanas, a industrialização, os movimentos de população (migrações), as características culturais, sociais, políticas, etc. A história de nossa cidade pode ser enriquecida - e em alguns aspectos até desvendada - a partir da história da sua família!
História é ao mesmo tempo, o que está acontecendo e o registro/estudo do que já aconteceu. E as histórias das famílias são pedacinhos de uma grande colcha de retalhos que, "costuradas", vão apresentar esse realidade "maior" e "mais"complexa: a história de nossa Indaiatuba.
Muitos querem fazer essa pesquisa e não sabem como começar, nem tão pouco como organizar os dados e como (e principalmente) dispor os resultados para consulta pública na internet).
"Queria criar uma homepage, mas não sei o que elas comem..."
No texto transcrito abaixo, seguem algumas dicas para você começar fazer esse trabalho de "formiguinha", que vai exigir muito tempo, muita paciência, mas será (tenha certeza!!!) um prazeiroso trabalho de auto-conhecimento que pode valer mais do que muitas sessões de terapia! Boa sorte e... não esqueça de compartilhar!
FAMÍLIA
Programas gratuitos constroem árvores genealógicas;
sites ajudam a encontrar antepassados na Web e ferramenta para conhecer ancestrais (1)
"Imagine uma ferramenta de busca capaz de lhe dizer quem são seus antepassados a partir do seu sobrenome. É exatamente isso que os sites de genealogia pretendem ser. Eles pesquisam em bancos de dados que, dependendo do caso, podem ter milhões de sobrenomes listados.

O http://www.ancestry.com/, por exemplo, consulta uma base de 600 milhões de sobrenomes. Caso o seu esteja lá, ele mostra as árvores genealógicas em que o nome aparece. Alguns dos nomes encontrados vêm com informações como data de nascimento, de morte, descrição física e profissão, que podem ajudar na hora de checar se os indivíduos encontrados são de fato seus parentes distantes.Vários outros sites seguem modelos parecidos, nos quais a busca parte de um sobrenome e vai se aprofundando.

É o caso do http://www.surnameweb.org/, que consulta uma base de dados equivalente à do Ancestry.Outras páginas que podem ser úteis na busca por antepassados são a World Connect Project (http://worldconnect.rootsweb.com/) -que permite procurar antepassados por país e ano de nascimento-, a Surname Helper (http://surhelp.rootsweb.com/srchall.html) e a http://www.ancestralfindings.com/.Além dos sites gratuitos, também há programas pagos que dão acesso a bancos de dados com sobrenomes. Entre eles, um dos mais populares é o "Genealogy Detective" (US$ 24,95 em http://www.genealogydetective.com/).

Esses sites e programas costumam se alimentar de árvores genealógicas colocadas na rede por internautas. E, se você quiser pôr a de sua família na rede, há alguns programas gratuitos que ajudam.O "GenoPro" (http://www.genopro.com/), por exemplo, é tão simples quanto um editor de textos, permitindo construir árvores em poucos minutos. Já para colocá-las no ar, é bom consultar um guia na rede.

Um completo, e em português, está em http://members.tripod.com/CybelleF/Engler/arvore2.htm. "
(1) texto de ALEXANDRE VERSIGNASSI, publicado na Folha de São Paulo.
NOTA: Após publicar este post recebi um e-mail da Zazá Lee (do blog Espelho sem Aço, uma das minhas amigas incentivadoras) informando sobre o site que a família dela, por parte de mãe mantém. Fui dar uma visitada e... ai que ciúmes (é feio escrever inveja...). Passem pelo endereço e dêem uma espiadinha... com certeza tambem ficarão com aquela vontadinha de "eu também queeeero"!


Foi também deste site indicado, da família Maciel Monteiro, que eu capturei o seguinte texto bíblico, (livro do Eclesiástico - 44,1.10-15) que eu não conhecia:

"Façamos o elogio desses homens ilustres, que são nossos antepassados, em sua linhagem. Os primeiros foram homens de misericórdia; e nunca foram esquecidas as obras de sua caridade. Na sua posteridade permanecem os seus bens. Os filhos de seus filhos são uma santa linhagem, e os seus descendentes mantêm-se fiéis às alianças. Por causa deles seus filhos permanecem para sempre. E sua posteridade, assim como a sua glória, não terá fim. Os seus corpos foram sepultados em paz. Seu nome vive de século em século. Proclamem os povos a sua sabedoria. E cante a assembléia os seus louvores!"

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